22Abr

Circuandantes círculos de peixes imaginários
recolhem beijos
beijam a etapa dos ventos agramaticais

No dorso fustigado da sombra
a noite mutilada
de vez a vez a vez
reboca ex-curidão de mornas lembranças

Abraçados de faróis azuis
entoamos contornos de lábios caídos
inalamos silêncios em pó das inércias!

Asas leitosas dançam no imaginário do realismo
realidades mergulhamos na fantasia

Assim
de passos mansos
arrastamos faunas cintilantes nos ombros roncantes

10 CONFORTO

nos olhares imergidos

cidades senti

nelas perdem braços

ovo pare sol

folhas desnutridas aplaudem baleias estéticas

ouvidos ouvem mesmas rãs

vãs pálpebras-calvas calçam cacos

outros relâmpagos transfusão patos discursivos nos asfalto rectos

sem rastos

nos confins:

tirolesas bailarão nas retinas cansadas

enquanto pequenos hífens urinam universos em faces raspadas

MESMAS RÃS
Atalhos:

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